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General Ayrosa

Publicado: Segunda, 17 Fevereiro 2020 09:53 | Última Atualização: Quinta, 12 Novembro 2020 14:37 | Acessos: 4582

O General de Exército Ernani Ayrosa da Silva, filho de Homero de Moraes da Silva e de Violeta Ayrosa da Silva, nasceu em 21 de Setembro de 1915 na cidade do Rio de Janeiro. Assentou praça como cadete na Escola Militar de Realengo em 8 de março de 1934, onde iniciou sua ilustre carreira militar.

 O até então Cadete Ayrosa, da arma de Infantaria, destacou-se por sua inteligência e disciplina em uma vida escolar encarada com respeito e encanto, sempre animado pelo ideal consciente de cumprir todas as missões que recebesse na aspereza e austeridade de uma carreira livremente escolhida. Em 25 de agosto de 1937 foi designado Porta-Estandarte da Escola Militar de Realengo, uma das maiores honrarias militares que um Cadete poderia receber, fruto de seus próprios méritos.

Em 1940, já primeiro-tenente, sagrou-se campeão de Tiro pelo 13° Regimento de Infantaria em Ponta Grossa e posteriormente, participou ativamente na reestruturação dos métodos de ensino e administração da Escola Militar de Realengo, exercendo a função de instrutor.

Mas é no ano de 1944 que Ayrosa afirma-se como herói, destacando-se na Força Expedicionária Brasileira. Após seu comissionamento no posto de Capitão, foi designado Comandante da 2ª Companhia do 6° Regimento de Infantaria no Teatro de Operações de Guerra na Itália, cuja luta libertou o mundo, então sob ameaça de ser amordaçado, pela dominação do nazi-fascismo.

(Gen Ayrosa e General Mark Clark)

A postura serena, calculista e extremamente operacional do Capitão Ayrosa, resultou em técnica e confiança no cumprimento das missões, desde a conquista de Camaiore até o combate de Fornovo. Provou a seus superiores que existe bravura e grandeza tanto no revés quanto na vitória, o que valeu-lhe a primeira medalha “Estrela de Prata”, conferida em campanha pelo General Mark Clark, Comandante do V Exército Norte-Americano, sendo a segunda, fruto do seu destemor e espírito de iniciativa e liderança, em circunstâncias dramáticas que o fizeram prisioneiro dos alemães, sendo depois resgatado pela evolução favorável das Operações.

 

Entre as excepcionais condecorações que o glorificaram na Guerra, figura a medalha “Sangue do Brasil”, outorgada em razão dos graves ferimentos recebidos no combate de Fornovo, em abril de 1945. Ressalta-se ainda, que o então Capitão já fora ferido, em Setembro de 1944, no ataque sobre Lama e Lama Sotto, tendo ocultado seus ferimentos a fim de que não fosse impedido de continuar no comando de sua tropa.

Após a Guerra, continuava a decidir com presteza e acerto, assumindo todas as responsabilidades de seus atos, mas dava plena liberdade de trabalho aos subordinados.

Entre outras, exerceu importantes funções como:

• Instrutor da Seção Tática da Escola de Comando e Estado Maior do Exército.

• Adjunto do Serviço Federal de Informações e Contrainformações da Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional.

• Adjunto da Divisão de Assuntos Militares da Escola Superior de Guerra; e

• Assessor do Departamento de Estudos do Colégio Interamericano de Defesa em Washington, Estados Unidos.

Como General desempenhou as funções de:

• Chefe do Estado Maior do II Exército.

• Diretor de Armamento e Munição.

• Comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESAO).

• Diretor de Formação e Aperfeiçoamento.

• Comandante Militar da Amazônia.

• Chefe do Estado Maior do Exército e Ministro Interino do Exército.

O General Ayrosa faleceu em 1987 e deixou ao Exército e a Nação Brasileira seu legado de bravura, abnegação, desprendimento, presteza, amor ao próximo e fino trato com o subordinado. Mostrou-nos a verdadeira forma de ser herói: “Ser um verdadeiro soldado e servir pelo que amamos.”

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